Arquivo mensal de setembro 2011Page 9 of 10

As cervejas do Brasil – uma visão americana. Parte 2/3

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Jon George (foto) tem 26 anos e mora em Villa Park, uma pequena cidade no sudeste de Los Angeles. Já degustou mais de 1.700 cervejas, incluindo diversas brasileiras e outras célebres cervejas de todo o mundo. Formou-se em geografia em 2009 e viajar é a melhor maneira que achou de combinar essas duas paixões. O texto abaixo, o segundo de uma série de três (leia o primeiro) foi mantido com os erros de português comuns de um estrangeiro.

Quando eu retornei para a Califórnia da minha primeira viagem ao Brasil, eu sabia que eu queria voltar ao Brasil para uma outra visita. Já experimentei um churrasco autêntico, cenas do Rio Grande do Sul e São Paulo, clubes na praia e, claro, cerveja brasileira. Ainda assim, eu tinha o desejo de continuar a exploração das características únicas do país. É claro, uma delas foi a cerveja. O meu plano principal era ficar com Tomas, meu amigo Gaúcho, por mais de uma semana, buscar por mais cervejas brasileiras e viajar para o Rio de Janeiro depois, pois eu nunca tinha visitado a cidade. Com certeza, Rio me daria a oportunidade de explorar a cena de cerveja por lá. A data: final de novembro a início de dezembro de 2009.

Presentes e mais presentes

Como Tomas já sabia, sou um amante de cerveja. Para fazer a segunda visita mais divertida, eu decidi ir “all-out”. Eu agressivamente fiz minha bagagem e, de alguma forma, ponho 25 garrafas de cerveja americana para amigos e amantes de cerveja que encontro. Depois de um longo voo que incluiu paradas em Atlanta e Rio de Janeiro, estava “déjà vu” no aeroporto de Porto Alegre. Tomas me encontrou e, quase imediatamente, pegamos o carro para Costi Bebidas, onde eu fiz uma compra de 200 reais em cervejas brasileiras, incluindo uma garrafa da misteriosa Eisenbahn Lust Prestige. Ao contrário da última vez, levamos o carro de volta para sua casa em São Leopoldo, onde pusemos nossa carga de cerveja.

O plano entre as brasileiras foi simples, experimente e beba! Novas marcas pra mim como Mistura Clássica, Whitehead, e Rasen Bier foram surgindo. O meu plano com as americanas foi bem diferente. Já tinha conhecido alguns gaúchos e eu queria mostrar o meu apreço pela hospitalidade deles na minha primeira visita. Um grande amigo de Tomas ganhou uma Longboard Lager por um presente que ele me deu: o “macaco sagrado”, um macaco brinquedo que ganhou um seguinte entre seus amigos. O proprietário (e amigo) de uma churrascaria foi prometido várias garrafas que seriam compartilhados durante um jantar antes de ter partido na primeira viagem, devido a maneira amiga como ele me tratou. A memória de destaque do Bierkeller me incentivou os presentes de algumas cervejas especiais para eles. E as outras, bebemos.

Bierkeller novamente

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Cervejas, mulheres e propaganda

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O comercial não é novo, e muita gente já deve tê-lo visto na internet. Trata-se de uma campanha da cerveja Stella Artois, bem conhecida dos brasileiros, de receita original belga e hoje fabricada por aqui pelo grupo ABInbev.

O filme, de apenas 32 segundos, divide a tela em duas partes. Numa delas, mostra uma mulher se preparando para um encontro. Na outra, o pomposo serviço da cerveja. Com doses cavalares de inspiração, a cerveja é comparada a uma dama, desde o banho (limpeza da taça), penteado (deitar a cerveja no copo) até a escolha do sapato correto (o porta-copo, ou a “bolacha”).

Bom-gosto e respeito às mulheres pra falar de cerveja? Esse, infelizmente, é um conceito ainda novo aos marqueteiros de cerveja brasileiros, mais afetos à tríade biquíni-praia-estupidamente gelada. A campanha acima comprova que é possível relacionar cerveja à sensualidade feminina sem desabar para a vulgaridade.

A cerveja, do Egito à nossa mesa

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Tutankhamunale

por Daniel Ramiro*

Olá confrades e confreiras! Agradeço a participação neste blog e pretendo trazer a vocês alguns “causos” histórico-cervejeiros e/ou divagações antropo-sociológicas acerca deste nobre líquido que move muitas almas neste mundo.

Poderia começar pontuando as primeiras produções cervejeiras no mundo. Esquivo-me disso, porém, apenas aponto o Crescente Fértil como área ímpar não só do desenvolvimento desta bebida mas também como ponto de partida da civilização humana.

crescente-fertil

Não cabe aqui, portanto, estabelecer uma competição pelo povo que primeiro chegou à receita da cerveja, sendo ele sumério (o mais provável), babilônio ou egípcio. Fato é que, dentro da historiografia antiga, o Egito é a civilização mais estudada. Dentro disso, detemos mais conhecimento sobre sua cultura, produção material, dinastias e cotidiano. Sabemos que nas orações fúnebres eram requeridos pão e cerveja, além de aves e bois ofertados aos mortos.

A cerveja de Tutankamon

A produção de cerveja egípcia pôde ser conhecida por nós através das cenas pintadas nas paredes de certas tumbas. Colocavam, na água quente com trigo triturado, pedaços de pão de cevada ou de trigo mal cozidos, pois perceberam que assim alguma coisa acontecia em benefício do que sabemos hoje ser a fermentação. Então, filtrava-se o líquido espesso e deixava-o descansar em jarras de cerâmica.

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