A Chimay é uma das maravilhas da Bélgica. Fortíssima, gosto marcante, você jamais esquece o sabor.
Um brinde aos monges trapistas que inventaram essa delícia.
Coroando o líquido de consistência licorosa e aveludada, um creme muito denso, persistente e consistente. As sensações aromáticas, muito complexas, incluem ameixas, frutas vermelhas, madeira, vinho do Porto, brandy, caramelo...
Ao contrário da fabulosa Garre, a Chimay pode ser encontrada em garrafinhas, o que possibilita saboreá-la até aqui no Brasil. Por isso, caso você a encontre, não deixe passar batida a oportunidade!
Minha primeira belga, degustada em 2004, na casa do confrade Miga, em Genebra, Suíça, numa noite mágica...
Líquido de coloração marrom, com espuma bege volumosa e de média duração.
No aroma, notas tostadas e torradas afloram no início, enquanto que a levedura ao poucos vai aparecendo, trazendo certa complexidade: castanhas, chocolate amargo e frutas vermelhas.
No sabor há um predomínio do amargor da torrefação e do chocolate (amargo). O álcool também aparece, mas sem prejudicar o conjunto. Sua volatilidade fica evidente na boca. Cerveja encorpada. A carbonatação é alta, marcante.
Em geral, trata-se de uma grande cerveja, ao meu ver não muito equilibrada, mas que, acredito, acaba se tornando uma virtude, pois confere a ela personalidade.
Cerveja imperdível, absolutamente necessária no currículo de um degustador cervejeiro.